Como a Medicina contribuiu para os direitos LGBTQIA+?
Olá, profissional de Medicina, como tem passado a semana?
Não sei se você está por dentro, mas junho é o Mês do Orgulho LGBTQIA+. Um momento para debater, ouvir e compreender as demandas desse movimento na luta por direitos e igualdade. Hoje, vamos discutir como a Medicina se tornou uma das principais parceiras dessa luta, ao longo da História.
E mais:
Quem foi o médico homossexual que enfrentou o nazismo?
Covid-19: você sabe explicar o que acontece na Índia?
Novidades da Medicina: a impressão 3D e suas contribuç
Vamos lá?
Se ainda há muito a ser feito na luta por direitos LGBTQIA+, o engajamento nessa causa já trouxe muitas mudanças nos últimos anos. E um dos maiores parceiros do movimento foram as ciências - principalmente a Medicina e as ciências da saúde. Através de estudos e pesquisas, dos mais variados formatos e tamanhos, foi possível comprovar que a sexualidade e orientação de gênero não estão vinculadas a problemas genéticos, mentais ou espirituais. Também se provou que orientação sexual não é questão de escolha e que o cuidado atento a essas pessoas contribui para uma sociedade mais inclusiva, saudável e cidadã.
Resultados que mudam a História
Foi fundamental a coragem e disposição de boa parte desses pesquisadores, que muitas vezes enfrentaram o isolamento científico e até mesmo a perseguição política. Se muitos não puderam colher os frutos de seus estudos ainda em vida, hoje devemos a eles algumas conquistas históricas para a vida dos LGBTQIA+.
Vamos conhecer alguns avanços:
Séculos de estudos médicos ao redor do mundo ajudaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) a retirar a homossexualidade da sua Classificação Internacional de Doenças (CID), em maio de 1990.
Em 1999, uma decisão do Conselho Federal de Psicologia (CFP) proibiu a prática das terapias de “cura gay” em todo o território nacional.
Em 2019, um grande estudo publicado na revista Science provou que não é possível determinar que fatores genéticos expliquem a homo ou a heterossexualidade.
Esta causa precisa de pessoas como você. Quanto mais profissionais e pesquisadores estiverem atentos à causa, mais avanço teremos nos direitos da população LGBTQIA+.
Você conhece o médico gay que enfrentou o Nazismo?
No canal do YouTube da Sanar, contamos a História de Magnus Hirschfeld (1868-1935). Médico, sexólogo, judeu e alemão, Hirschfeld foi uma das vozes mais eloquentes na luta pelos direitos dos homossexuais na Alemanha. E suas ideias entraram em choque direto com o Partido Nazista de Hitler, à época em plena ascensão no país. Mesmo perseguido, torturado em praça pública e humilhado, o médico ajudou milhares de gays, lésbicas e transexuais na Europa, e escreveu alguns dos mais importantes estudos sobre a causa de sua época.
Entenda essa história assistindo ao vídeo:
COVID-19: O aumento de casos na Índia
Você provavelmente acompanha, pelos noticiários, a explosão de casos de infecção pelo Coronavírus na Índia e os desdobramentos desse novo fato. Mas você sabe o que aconteceu no país?
Há um consenso científico em apontar que a Índia falhou nas práticas de prevenção e combate à pandemia. Ao mesmo tempo, há outros fatores ajudam a explicar o quadro: subnotificação de casos, inconsistência nos dados, metodologias de controle ineficazes e até uma celebração religiosa de grande importância no país, que não foi contida pelas autoridades.
O estudo de pesquisadores indianos publicado na revista The Lancet aponta que o aumento de casos, que levou inclusive ao surgimento de novas variantes do vírus, é consequência de mau planejamento. Se mudar as políticas de controle social e ajustar as bases e leituras de dados, o país pode passar a bom exemplo de como se combater a pandemia.
Impressão 3D na medicina: o futuro já começou!
A chegada das impressoras 3D, capazes de imprimir artefatos em materiais sólidos e em diversos tamanhos e formatos, foi muito celebrada na Medicina. Por meio desses aparelhos, é possível imprimir modelos anatômicos para auxiliar estudantes e residentes, produzir tecidos similares aos humanos e até mesmo criar próteses personalizadas. Durante a Pandemia, as impressoras foram acionadas para a impressão de EPIs para as equipes da linha de frente ao redor do mundo.
E há muito mais por aí. Se ainda não é possível imprimir órgãos para transplante, como sonhavam livros de ficção científica, é possível afirmar que a impressão 3D já trouxe diferença na prática médica. A adoção desses aparelhos cortou caminhos e escreveu futuros.
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